CARRINHO
PESQUISAR
O moscatel que todos os portugueses conhecem nasceu da determinação e ousadia de uma pequena comunidade do Douro vinhateiro: Favaios.
Quando o governo de Portugal ditou que o planalto duriense de Favaios ficava excluído do direito de produzir vinho do Porto, os seus viticultores viram-se em dificuldades. Estávamos em 1935 e o famoso vinho licoroso era o principal sustento daquela comunidade, já então conhecida pelo uso da casta Moscatel para a produção de Vinho do Porto.
Quando a interdição chegou, havia na Região Demarcada do Douro, criada em 1756, um excesso de produção. Na procura de uma solução, é decreta a atribuição do Benefício de produção do vinho generoso do Douro apenas para vinhas localizadas a uma altitude inferior aos 500 metros. Como Favaios está a uma cota superior, os viticultores daquela aldeia vinhateira perdem a autorização para produzir e comercializar o vinho do Porto, o único que então tinha valor de mercado.
A medida revelou a determinação da comunidade. Sem nunca desistirem de produzir o Moscatel de Favaios, os viticultores organizaram-se para fazer valer o reconhecimento do seu vinho. A Adega Cooperativa de Favaios nasce desta persistência e dedicação, em 1952, acabando por desempenhar um papel fundamental na criação de uma nova categoria de vinho, o Moscatel do Douro (oficialmente reconhecida em 1982).
ESPÍRITO COOPERATIVO E COMUNITÁRIO
Vinhos Moscatel de Favaios e vinhos DOC Douro brancos, tintos e espumantes com a frescura do planalto
Desconhece-se a data de início da produção do Moscatel de Favaios. Documentos atestam, no entanto, que já antes do aparecimento da Filoxera no Douro (1862) se produzia vinho do Porto exclusivamente com esta casta. O processo de produção do Moscatel de Favaios é, pois, em tudo idêntico ao do mais famoso vinho licoroso português. Os vinhos da casta moscatel aguardentados existem, aliás, em várias partes do mundo, e também noutras localidades do Douro e de Portugal.
É o lugar que faz a especificidade do Moscatel de Favaios. O planalto acima dos 500 metros de altitude é um nicho ecológico para a casta. Preservar este valor ímpar, no respeito pelos valores herdados e em compromisso com as gerações do futuro é o desafio da Adega de Favaios.
Uma comunidade envolvida
Quase todos os viticultores de Favaios são associados desta adega cooperativa, cerca de cinco centenas. Somos guardiões de um património coletivo e testemunho vivo da importância do fazer coletivo.
Fazer regenerar
Cultivamos a nossa casta Moscatel durante séculos e criamos um vinho de características únicas. É agora tempo de preservar esta e outras variedades autóctones, adaptadas ao clima e ao terroir de Favaios, regenerar solos e recursos naturais, combater as alterações climáticas e salvaguardar ecossistemas ecológicos fundamentais à vida.
Em nome do bem comum
Favaios produz seis mil pipas de moscatel por ano e quatro mil pipas de vinhos DOC Douro (média). É uma grandeza à nossa escala. O Moscatel de Favaios que nos é próximo, típico, original é um produto do futuro. Acreditamos que está de regresso a valorização dos bens comuns locais e comunitários.
EQUIPA CONSISTENTE E ESTÁVEL
Equipa de quase meia centena de pessoas, ao serviço dos associados, de Favaios e dos vinhos do Douro.
A Adega de Favaios conta com uma equipa de quatro dezenas de pessoas que asseguram o funcionamento do dia a dia dos serviços prestados pela cooperativa, sob orientação dos membros da Direção eleitos pelos associados.
Miguel Ferreira, Filipe Carvalho e Celso Pereira são os enólogos responsáveis pelos vinhos produzidos na adega. Esta equipa está na liderança de toda a área de enologia desde 2001 e foi a dinamizadora do projeto de modernização da adega e criação de novos vinhos (moscatéis velhos e vinhos DOC Douro), garantindo a estabilidade e consistência dos vinhos que são o foco deste projeto cooperativo.
Direção da Adega de Favaios: Maria Glória Veiga, Mário Monteiro (presidente) e Rui Paredes.
SERVIÇOS
Enologia e viticultura
Miguel Ferreira – diretor
Comercial e marketing
Gina Francisco – diretora
Administrativo e financeiro
Rui Marques – diretor
Produção
Agostinha Marques – diretora
Exportação
Manuela Monteiro – diretora
